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  • Writer's pictureTony Da Costa

A Unidade é a Chave (Parte 4/6)

Autor: Fabien Marchand, traduzido por Tony Da Costa com a permissão do autor.


Em terceiro lugar:

Você deve compreender sua mecânica comportamental com as relações sociais.

De fato, a maneira como nos expressamos com relação aos outros condiciona enormemente nosso equilíbrio pessoal. Dependendo se estamos em demanda, conselho ou rejeição durante a troca verbal, o retorno do outro será para nossa vantagem ou nosso detrimento… este é o mecanismo do famoso “triângulo demoníaco”.



Imagem ilustrativa de uma vítima -- O Triângulo Demoníaco de Karpman

Na falta de consciência, podemos nos colocar em diferentes posições: de executor/carrasco, vítima ou de salvador.


Ao fazer isso, induzimos um posicionamento forçado em nosso interlocutor, ou seja, em uma das duas outras posições, distorcendo assim toda troca possível que possa levar ao caminho da autonomia e do desenvolvimento do Eu.


Diz-se, além disso, que toda alma que tenha despertado terá um dia experimentado das três posições sociais e terá se afastado delas antes de despertar para si mesma, assim acedendo ao seu Eu.


Uma vez que o mecanismo tenha sido entendido, será necessário se livrar dele e agir em consequência para com seus interlocutores, a fim de preservar a si mesmo, mas também influenciar positivamente os outros, através do efeito espelho.

Os relacionamentos sociais, de todos os tipos, serão, portanto, construídos com estrito respeito do nosso Eu e do Si, produzindo relacionamentos verdadeiramente construtivos a longo prazo.

Haverá interdependências positivas e não dependências prejudiciais.


Desenvolvimento espiritual:


O efeito borboleta?

A noção filosófica e espiritual do nosso caminho cármico (destino) envolve necessariamente as consequências da nossa educação, nossa exploração interior, nossa aceitação do Eu, mas também de nossas escolhas e ações do quotidiano.

No Futuro, falarei mais em um outro artigo a respeito da noção de “desafio cármico”, do caminho de vida e da noção em grande parte incompreendida do livre arbítrio.

De acordo com a roda de Samsara, devemos integrar que nossa vida depende daquelas de outras almas encarnadas connosco, no mesmo período.


Nossa alma, o Eu Interior, definiu antes de sua encarnação uma soma de experiências a serem exploradas, uma bagagem de sabedoria a ser adquirida antes que a vida cesse o envelope corporal. O mesmo é verdade para todos entre nós, de fato.



Buda

A ação ou inação de um afetará consequentemente a vida do outro em mais ou menos longo prazo, com um impacto mais ou menos importante.

Além disso, a nossa vida não seria longa o suficiente para fazer todas as experiências e é por isso que precisamos aprender com os outros, com suas escolhas, com suas vidas.

Eu não disse que viver pelos outros, mas se enriquecer com a vida deles, uma nuance importante que dependentes afetivos e os “falsos Eu” têm a tendência irritante de confundir.


Siga a caminho do meio da moderação:

O caminho do meio é um ensinamento budista dos escritos de Siddharta Gautama, o primeiro Buda a alcançar o Nirvana, a iluminação.

A roda do Dharma ou caminho do meio consiste em trabalhar em consciência as quatro nobres verdades.


A primeira dessas verdades, Dukkha, nos ensina que a natureza da vida é feita de sofrimentos e alegrias. A alternância dessas duas experiências nos leva a compreensão de outras verdades.


A segunda verdade, Samudaya, destaca que sofrimento e alegria existem e nutrem-se da presença do desejo, possessão, inveja… Os três, em última análise, dependem finalmente de nossas escolhas egotistas. Desfazer-se dos desejos impedirá que você alimente seus sofrimentos.


A terceira verdade, Nirodha, é a capacidade de bloquear Dukkha, libertando-se da paixão possessiva, e consequentemente, do sofrimento…


A quarta verdade, Magga, é percorrer esse caminho de sabedoria e desapego para alcançar a verdade absoluta, o Nibbana, também chamado Nirvana.


Esse ensinamento, que pensamos ser resultante da corrente budista, teve sua primeira fonte nos ensinamentos herméticos egípcios, a Tábua de Esmeralda (ou Tábua de Esmeraldina), também chamada de Tábua de Hermes.


Mas, novamente, devemos constatar que os egípcios parecem ter recebido esse conhecimento de uma outra fonte. Retornarei a este assunto em um artigo.


Pirâmides -- Planalto de Gizé

Deixar se levar:

Deixar se levar é o não querer controlar os fatores “aleatórios” em nossa vida. Como já foi dito antes, tudo está escrito… pelo menos as etapas mais importantes da sua vida estão escritas... Organizadas em capítulos que serão ativados quando o momento vier, quando as suas consciências estiverem prontas para aprender e tirar sabedoria.


Como é corretamente dito no filme “Os Agentes do Destino”, quando o herói faz a pergunta “…mas e o conceito de livre arbítrio?” Para guias responsáveis ​​pela aplicação de karmas individuais, a resposta é inequívoca: “…você tem o direito de escolher sua pasta de dente, isso você tem o direito…”.

Basta dizer imediatamente que a decisão intelectual de seguir na direção errada e não na correta, por mais que tudo já tenha sido planejado karmicamente, isso é chamado de egocentrismo.

Tudo em sua vida se oporá a esse caminho decidido pela consciência intelectual que se opõe à consciência espiritual.

Devemos evitar a todo custo adotar esse caminho unilateral que irremediavelmente se encherá de provações que, se continuarmos nessa direção, ganharão poder à medida que a obstinação mental crescer.


Nada é devido na vida, exceto a realização do nosso próprio karma.


Portanto, de acordo com o caminho do meio, você deve ter fé no que a vida te dará e manter a confiança em tuas forças, às vezes desconhecidas de você, que serão ativadas no momento certo e farão você crescer com essas experiências. Desejar acampar egoticamente ao redor de uma decisão mental infligirá muito sofrimento desnecessário a você mesmo.

Portanto, deixar se levar é simplesmente aceitar que certas coisas já foram escritas, mas também que os outros são precisamente… os outros.

Eles podem ter dificuldades em compreender as orientações da sua vida, seus valores, sua visão, suas ações, mas também suas inações… Eles também são livres, mas seus julgamentos, suas decisões nunca devem interferir nas suas.


Em conclusão

Este é um trabalho sobre a Unidade do nosso Eu que pode ter efeitos sobre o Eu do outro e não com a adaptação do nosso Eu ao Eu do outro.


O trabalho de exploração se realiza em seu próprio ritmo, de acordo com nossas capacidades, sem temer o desconhecido, porém sempre armado da única coisa realmente vital… A decisão de explorar, construir e alimentar o seu Eu.


Posteriormente, a expansão do indivíduo pode ser feita de dentro para fora, em direção ao mundo, influenciando-o positivamente com uma “INdividualidade”, servindo de exemplo para todos aqueles que querem e se inspiram de você.


E isso pode ser feito, finalmente, sem risco de adaptação às esferas externas da família, amigáveis, profissionais, sociais, da mídia…


Você terá então saído da Matrix.



Para ser continuado…


Autor: Fabien Marchand, traduzido por Tony Da Costa com a permissão do autor.

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